terça-feira, 1 de junho de 2010

Discurso de Maria Clara Cavalcante Buragim no Senado



Exmº Senador Mão Santa, que tanto me emocionou com os relatos que fez ao recordar sua mãe. Eu quero dizer, Senador, que, nesse mesmo momento, eu lembrava também de meu pai, o contabilista Clarício Bugarin, que se debruçava sobre esses mesmos livros e que tanto orgulho e tanta satisfação sempre me deu. Foi através de seu exemplo que eu escolhi minha profissão.

Exmº Sr. Senador João Vicente Claudino, em nome de V. Exª saúdo todos os Senadores desta Casa. Quero dizer, Sr. Senador, que os profissionais da Contabilidade, principalmente os profissionais da Contabilidade do Estado do Piauí, não esquecerão jamais a importância deste momento que o senhor nos proporcionou.
Vamos comemorar juntos, com certeza, a sua posse no Governo do Piauí. Vamos festejar lá, todos juntos.

Cumprimento os meu caros Presidentes dos Conselhos Regionais de Contabilidade de todo o Brasil, meus queridos colegas, Conselheiros do Conselho Federal de Contabilidade, estudantes, professores, representantes da classe contábil brasileira, queridos e grandes líderes da classe contábil brasileira. Cumprimento também meu líder maior, o Contador Juarez Domingues Carneiro, Presidente do Conselho Federal de Contabilidade, e o Contador Valdir Pietrobon, que, juntos, no Senado da República, representam este novo momento do profissional contábil.

Esse novo momento é marcado pela união das nossas entidades, pela união do sistema contábil brasileiro, representado pelo Conselho Federal de Contabilidade, que, como o Presidente Juarez já registrou, hoje representa mais de 420 mil profissionais da Contabilidade deste País, e pela força da nossa Fenacon, que, dirigida pelo Presidente Valdir Pietrobon, representa mais de 75 mil empresas de serviços contábeis deste País.

Nós aprendemos que, juntos, somos fortes, e foi essa união que nos trouxe hoje aqui, ao Senado da República, pela primeira vez, em uma sessão dedicada a comemorar o Dia do Contabilista.

Este é um marco nas nossas vidas, em particular, queridos amigos, na minha vida. Com toda ousadia, aceitei o desafio do nosso Senador de falar neste momento de improviso, quebrando o protocolo. Não estava realmente preparada esta minha fala, aqui eu falo com toda emoção, deixando falar a voz do coração para dizer do orgulho que sentimos neste momento; para representar também as mais de 140 mil mulheres contabilistas deste País. Queremos dizer à nossa sociedade que toda essa história relatada nos deixa felizes e orgulhosos, porque percebemos que os nossos dirigentes reconhecem que todo desenvolvimento econômico do País sempre esteve centrado nos informes contábeis. Foi através da Contabilidade, e é através da nossa Contabilidade, que o País ocupa hoje a posição de destaque em que se encontra no mundo.

Mas nós, colegas, sabíamos que o grande problema que precisávamos ultrapassar era a nossa timidez. Precisávamos chegar aos nossos Parlamentares e nos mostrar, precisávamos dizer que, apesar do orgulho e da gratidão que temos dos nossos guarda-livros, que foram os primeiros profissionais que escreveram a nossa história, a nossa classe cada vez mais evolui.

O profissional da Contabilidade, cada vez mais, tem consciência da sua importância, tem consciência de que é através do nosso trabalho que a economia cresce, e é através do nosso trabalho que nos colocamos nesta Casa, à disposição dos nossos Senadores, para contribuir para um mundo melhor.

Não poderia deixar também de registrar que toda essa história, que foi tão bem relatada aqui pelos que me antecederam e pelo nosso Presidente Juarez, foi escrita através da dedicação e do amor de nossos precursores. Quero lembrar aqui todos os Presidentes do Conselho Federal de Contabilidade, todos os grandes baluartes da nossa classe, que lutaram pela regulamentação da nossa profissão. Devemos a eles este momento histórico. Queremos dizer que, cada vez mais, trabalhamos com mais otimismo e com mais dedicação para honrar todo esse trabalho tão bem escrito, toda essa nossa história que tanto orgulho nos traz.

Talvez o destino tenha me colocado aqui neste momento para, com muita ousadia, deixar também uma mensagem para o nosso Governo.

Nós imaginamos que não deveríamos falar da nossa Lei de Regência aqui. O Presidente Juarez colocou algo sobre isso no seu discurso, mas tirou, pensando: “Não vamos colocar para não termos nenhum problema nem nenhuma surpresa desagradável”. Mas talvez, Presidente Juarez, Deus, que sempre escreve certo por linhas certas, tenha nos trazido hoje ao Senado para nos dar condições de dizer ao nosso Presidente Lula: nós, a classe contábil brasileira, nós não merecemos um veto a esse projeto, nós confiamos no Governo.

Com a nossa história, tão bem construída, depois de 64 anos, nós vamos ter, sim, a nossa Lei de Regência atualizada; nós vamos ter, sim, as nossas conquistas colocadas em lei, porque todo esse trabalho tão bem desenvolvido, todo esse trabalho que com tanta seriedade se fez, merece uma resposta do Governo, como nós a tivemos da Câmara e como nós a tivemos do nosso Senado.

Obrigada, Srs. Senadores, por este momento. Nós estaremos sempre de pé, com muita emoção, com muito orgulho e com muito coração, correspondendo à confiança que todos os senhores depositaram em nós, como mostraram através desta sessão.
Muito obrigada. Que Deus os abençoe.

Fonte: Agência Senado

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